sexta-feira, 30 de abril de 2010

A música BREGA,também tem história,brega é so o nome....

Os ídolos da música brega brasileira sempre viveram perto do coração do público e longe, muito longe do gosto dos críticos. Mas a importância de Waldick Soriano ou Odair José não deve ser subestimada.
Ha uns tempos atrás,não era brega,era cafona...e hoje o que é? Será que eu com meus 23 anos de idade,por gostar desse "brega" sou cafona???
Waldick Soriano,bonito,famoso,ganhou tanto dnheiro e ele não era cachorro não viu,pra viver tão humilhado....
Cafona,Brega,bagaceiro,Paraíba...o preconceito,sempre tem rótulos para os artistas que fazem sucesso,mas contrariam os supostos padrões de qualidade músical...

EU NÃO SOU CACHORRO NÃO,é o titulo de um clássico do cantor Waldick Soreano e também titulo do livro do pesquisador,Paulo Cesar Araújo,onde ele mostra a importância,inclusive politica desses artistas,que eram chamados de cafona durante a ditadura militar e nos resgta,para a história da MPB...

...Então eu quero ver vc,eperando um filho meu...PARE DE TOMAR A PÍLULA...Era Odair José em 1972,afrontando a política de controle de natalidade da ditadura....
Nos anos 70,os artistas que mais vendiam discos e faziam shows,não eram os universitários,Chico Buarque,Caetano Veloso ou Gilberto Gil...e sim...
ODair José


NELSON NED...estou perdidamete apaixonado...



AGUINALDO TIMOTÉO...Como foi bom vc aparecer....


e outros ídolos populares que a história escondeu,mas contibuiram tanto quanto a elite da música brasileira,pra construir a trilha sonora do nosso povo...

NA GALERIA DO AMOR É ASSIM,MUITA GENTE A PROCURA E GENTE,UM LUGAR DE EMOÇÕES DIFERENTES....

Enquanto a esquerda e a direita,evitavam o tema da sexualidade,o popularíssimo Aguinaldo Timoteo,lancava o histórico Galeria do Amor...com temática de amor homossexual,o primeiro da música brasileira,desafiando o preconceito e a cesura em plena ditadura;Ou quando Odair José declarou seu amor por uma garota de programa no clássico,Eu vou tirar vc desse lugar...eu vou levar vc pra ficar comigo e não interessa o que os outros vão pensar...
Deixa essa vergonha de lado,foi outro sucesso e outro escandalo de Odair José,declarando seu amor a uma empregada domentica,virou um hino....

Aquela menina em sua cadeira de rodas...Fernando Mendes..

Quando fernando Mendes,estorou com Cadeira de Rodas,uma canção de amor para uma paraplégica,ninguém falava em deficientes físicos e nem politicamente corretos,o tema foi considerado de mal gosto e ridicularizado....

PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DE MÚSICA...



Hoje estamos no ano de 2010 e temos uma belissima historia da nossa música brega,que também é MPB,pois é super Popular e acima de tudo Brasileira...
A música vem perdendo espaço na Tv e na vida de algun jovens de minha idade que não procuram estudar e ver de que o nosso país é formado,temos cultura,temos raiz,precisamos nos aprofundar,principalmente nos nordestinos,que somos donos do maravilhoso xote,do xaxado do baião...que chamam forró (Na verdade FORRÒ,era o nome dado a festa enão ao ritmo tocado)
O "forró" TAMBÉM é a verdadeira música brasileira. Pega Tom Jobim e enfia no forevis, música brasileira veio do nordeste, ponto. Não só as letras são de uma elegância digna de um verdadeiro lord,de um inteligente que cantava sua terra e suas belzas,um verdaeiro rei...(Luiz Gonzaga)



Luiz Gonzaga do Nascimento [1] (Exu, 13 de dezembro de 1912 — Recife, 2 de agosto de 1989) foi um compositor popular brasileiro, conhecido como o "rei do baião". É considerado mestre do cantor Dominguinhos.
Nasceu na fazenda Caiçara, no sopé da Serra de Araripe, na zona rural de Exu, sertão de Pernambuco. O lugar seria revivido anos mais tarde em "Pé de Serra", uma de suas primeiras composições. Seu pai, Januário, trabalhava na roça, num latifúndio, e nas horas vagas tocava acordeão (também consertava o instrumento). Foi com ele que Luiz Gonzaga aprendeu a tocá-lo. Não era nem adolescente ainda, quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Autêntico representante da cultura nordestina, manteve-se fiel às suas origens mesmo seguindo carreira musical no sul do Brasil. O gênero musical que o consagrou foi o baião. A canção emblemática de sua carreira foi Asa Branca, que compôs em 1947, em parceria com o advogado cearense Humberto Teixeira.

Asa Branca

1-Quando oiei a terra ardendo
com a fogueira de São João

Eu perguntei, a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação(2x)

2-Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação

Por falta d'água perdi meu gado
morreu de sede meu alazão(2x)

3-Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão

Entonce eu disse adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração(2x)

4-Hoje longe muitas légua
Numa triste solidão

Espero a chuva cair de novo
Para mim vorta pro meu sertão(2x)

5-Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na prantação

Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração(2x)




A Volta da Asa Branca

Já faz três noites
Que pro norte relampeia
A asa branca
Ouvindo o ronco do trovão
Já bateu asas
E voltou pro meu sertão
Ai, ai eu vou me embora
Vou cuidar da plantação
A seca fez eu desertar da minha terra
Mas felizmente Deus agora se alembrou
De mandar chuva
Pr'esse sertão sofredor
Sertão das muié séria
Dos homes trabaiador
Rios correndo
As cachoeira tão zoando
Terra moiada
Mato verde, que riqueza
E a asa branca
Tarde canta, que beleza
Ai, ai, o povo alegre
Mais alegre a natureza
Sentindo a chuva
Eu me arrescordo de Rosinha
A linda flor
Do meu sertão pernambucano
E se a safra
Não atrapaiá meus pranos
Que que há, o seu vigário
Vou casar no fim do ano.

Recomendo que escutem Luiz Gonzaga,Dominguinhos,Santana,Alcimar Monteiro,Targino Gondim,Sergio do Forró e muitos outros que enriquecem e falam das coisas boas de nosso sertão!

Paulinha Lima!!!